Era uma vez um elefante na sala da

COP26

(ou vários)

“Transição energética para chegar à neutralidade  de carbono”

Uma forma dos países e empresas do Norte Global seguirem com seus negócios, se utilizando do extrativismo no Sul Global para “limpar” suas energias.

"Não endereçar os reais responsáveis”

Quem nos trouxe até aqui? A maioria dos danos socioambientais causados no Sul Global foram operados de diversas formas pelo mecanismo de colonização do Norte Global, que segue até hoje. Empresas e governos do Norte precisam se responsabilizar.

“Falar deles sem eles”

Lideranças indígenas, negras e do Sul Global foram esquecidas nas negociações que tratam, principalmente, dos impactos em seus territórios. A delegação do Brasil não conversou, em nenhum momento, com as lideranças indígenas.

“Igualdade de gênero?”

Apenas 20% dos participantes da COP26 são mulheres - e aqui, nem estamos adentrando “mulheres indígenas, negras, sul americanas, ...”

“Net-zero até 2050”

Os compromissos firmados pelos países se mostram insuficientes para que atinjamos as metas de 2030, quanto mais as de 2050. Estamos esperando por um milagre?

“Mercado de Carbono”

Incerto, sem consenso científico e metodológico. Não temos capacidade de fazer uma conta equitativa das emissões jogadas na atmosfera e das que são retiradas dela.

“Mecanismo de Reparação de Danos e Perdas”

Existem biodiversidade, áreas, culturas e vidas sendo perdidas enquanto a crise climática avança nas regiões mais vulneráveis. Enquanto isso, o mecanismo é vago e não entrega real comprometimento.

“Segurança dos ativistas”

Líderes mundiais não admitem a necessidade de proteção a quem protege a Natureza e o Meio Ambiente. Em lugares como Brasil, Bolívia e Tailândia, o número de assassinatos só cresce.

“Reparação histórica”

A primeira fábrica de óleo de palma chegou à Indonésia em 1911. Hoje, o desmatamento é a maior causa da crise climática no país. El Salvador, um dos países mais pobres da América Latina, possui apenas 27% do seu território com cobertura vegetal. As raízes das vulnerabilidades socioambientais são profundas.