Pela primeira vez na história, não teve piracema no Xingu

Pela primeira vez na história, não teve piracema no Xingu

Com o desvio de cerca de 80% do volume de água do rio para a usina de Belo Monte, e consequente fim do pulso das cheias e vazantes, o Xingu e seus ecossistemas foram transformados. Em 2020,pela primeira vez não teve piracema no Xingu.

A vazão reduzida, associada a uma seca histórica, provocou a mortandade de peixese algumas espécies não conseguiram se reproduzir. Sem peixe, é preciso ter mais dinheiro disponível para comprar a alimentação.

O rio está totalmente mudado, está sujo, está parado. Meu pai vai para o rio pescar e a gente não tem uma expectativa de que ele vai trazer uma boa quantidade de peixe.

– Josefa Oliveira

Conselho Ribeirinho

Não é como antes [...] Quando colocamos uma rede no rio a gente fica se perguntando: será que vai pegar alguma coisa? Será que esse peixe não vai estar doente?

– Josefa Oliveira

Conselho Ribeirinho

que foi uma das ganhadoras da nossa bolsa de reportagem "Mulheres e Clima na Amazônia"

Mulheres Indígenas e Ribeirinhas Lutam Pelo Futuro no Xingu

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