O Governo Bolsonaro quer matar - também - os nossos recifes de corais. Por que isso é um desastre?

Enquanto o mundo fala da redução das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) e, portanto, da redução da extração e uso dos combustíveis fósseis, o Governo Bolsonaro avança na 17ª rodada do leilão dos blocos de petróleo e gás em regiões estratégicas para a biodiversidade marinha.

Ao todo, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai ofertar 92 blocos nas bacias de Santos, Campos, Pelotas e Potiguar. O leilão está previsto para ocorrer em 7 de outubro de 2021.

Próximos dessas regiões estão a Reserva Biológica do Atol de Rocas, em Abrolhos, o Parque Nacional de Fernando de Noronha. Abrolhos, em especial, possui a região com maior cobertura recifal do Brasil.

Os recifes são sinônimo de biodiversidade e conectividade ecológica. Ao todo, eles cobrem uma área de 0,1% dos oceanos, mas concentram cerca de 25% da vida marinha.

O Brasil possui o título de Província Biogeográfica por possuir 111 espécies de peixes endêmicos vivendo sob os recifes brasileiros.

O Governo Bolsonaro prometeu neutralizar suas emissões de GEEs até 2050, mas os corais têm feito um alerta: talvez eles não estejam vivos até lá.

O Brasil passou por ondas de branqueamento em 2016, 2019 e 2020 - essa última tomando grande destaque pela sua intensidade e prolongamento.

A temperatura da água no primeiro trimestre do ano estava a 2ºC acima do esperado, chegando a 30ºC. Essa foi a maior temperatura já medida nos últimos 35 anos.

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