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7 Mulheres Indígenas Contam Sobre Como Entraram e Porquê Permanecem no Ativismo

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O ativismo indígena sempre esteve por aqui. Talvez exposto com mais destaque na grande mídia em casos isolados ou, mais recentemente, por conta do aumento de invasões em terras indígenas (as registradas pelo Governo) 1 existem, atualmente, 237 processos de demarcação de TIs pendentes para serem homologadas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) por garimpeiros, fazendeiros e madeireiros. Mas a luta pelo reconhecimento, pelo direito à terra, pelo respeito à história milenar dos povos originários acontece pelas vozes de muitas etnias, em diversas regiões. Podemos ver exemplos concretos no Mapa de Conflitos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Ainda que o Mapa não represente o universo como um todo, 170 conflitos são listados, desde invasão de terras, a ameaças, mudanças no ecossistema local resultando em insegurança alimentar, poluição de rios e, claro, piora na qualidade de vida. Em uma sociedade tão heterogênea, mas aficcionada pelos modos de vida do Norte Global, ser indígena e vivenciar sua cultura é um ato de resistência diário.

Convidamos 7 ativistas indígenas que, por meio da comunicação, da música, das artes cênicas, visuais e plásticas, levam o ser indígena no século XXI para outros espaços. Elas enfrentam resistência, racismo, exclusão, porém não desistem de ocupar espaços para além de suas aldeias: elas estão na universidade, nas cidades, em festivais no exterior, na internet, no Teatro Amazonas. Inspirada pelo trabalho de cada uma delas e, ao mesmo tempo, descrente face ao cenário atual, não poderia haver pergunta mais pertinente do que: por quê você entrou no ativismo e o que te faz permanecer nele? As respostas foram diversas, algumas contam da infância, das primeiras experiência com racismo ou de eventos que aconteceram antes de nascerem, com seus pais e avó.

Ouví-las é perceber, como disse Yacunã Tuxá, que o ativismo indígena não é uma escolha, é uma questão de sobrevivência: “Eu não decidi ser ativista, na verdade foi algo que eu cresci vivenciando”. Por trás de cada uma delas, existem um movimento coletivo, passado dos adultos para crianças como forma de preservação dos seus modos de vida, espaços de vivência e saberes. “A luta indígena é um movimento coletivo que começa por alguns e outros vão dando continuidade, de geração a geração”, contou Arissana Pataxó. Passe a galeria para ler cada um dos relatos que recebemos.

As respostas foram editadas para maior compreensão na leitura.

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